12 de dezembro de 2011

Crítica: Rango

Tudo bem que o filme não é novo, fiz essa resenha em março deste ano, mas como encontrei ela perdida no computador agora, resolvi postar. A animação realmente vale a pena!

Imagine o seguinte cenário: Uma cidade qualquer do México, velho oeste, povoada por animais sinistros sedentos por água.

O enredo não parece ser o de um filme infantil, embora seja uma animação e a sala de cinema estar repleta de crianças.

Rango é uma animação que nos conta a história de um pequeno camaleão solitário que busca a si mesmo.
O camaleão sem nome que vivia preso em um aquário e tinha como amigos um peixe de brinquedo, uma boneca quebrada e uma barata morta têm anseios teatrais e se vê diante do mundo pela primeira vez quando é jogado para fora do carro em que estava devido a um acidente. Aturdido com a nova vida, o camaleão se depara com um velho tatu atropelado que o incentiva a atravessar o outro lado a fim de encontrar o que procura. Guiado pelo conselho do tatu, o camaleão segue pelo deserto e encontra uma cidade chamada Poeira, onde o maior desejo de seus moradores é obter água.

Para sobreviver como forasteiro na cidade, o camaleão adota o nome de Rango e usa seus dons teatrais adquiridos na vida de solidão para convencer os moradores que ele é um temível assassino do oeste. Respeitado pelos animais da cidade e ludibriado pelo prefeito, Rango se torna xerife e usa de seu poder para ganhar regalias e ter o que sempre quis: amigos! 

Uma "charmosa" lagarto chamada Feijão (sim, é isso mesmo) também entra em cena com sua pequena esquisitice e conquista o coração do solitário Rango.

Rango e Feijão.

Apesar dos traços muito bem feitos e o texto às vezes complexo (para um filme que diz ser infantil), Rango é, sem sombra de dúvidas, uma animação atípica. Não há animais fofinhos ou piadas inocentes, muito pelo contrário. O “elenco” do filme é feito por animas estranhos, sujos e com anomalias. As piadas são inteligentes e maldosas demais para que crianças com menos de doze anos entendam, mas a mensagem final do filme é realmente interessante, como a busca por nós mesmos, a tristeza de uma vida de solidão e a destruição de toda uma cidade por causa da ganância.

Uma das cenas mais fortes do filme é a cena onde toda a população aguarda a abertura da torneira com vasilhas na mão. A sede deles é tanta que apesar de eu raramente beber água, fui obrigada a comprar uma garrafa d’água no momento em que saí do cinema.

Quem espera ver uma animação típica da Pixar ou da Dreamworks com traços sutis e personagens bonitinhos: Esqueça! Rango é muito mais denso que isso. Vale as cinco estrelinhas, na minha opinião.


Postado por Renata A às 14:40

3 comentários:

Thamires SM disse...

Deve ser legal, vou ver se vejo no próximo fim de semana :)
Obrigada pela dica linda!

TÔNICO X ADSTRINGENTE E SORTEIO NO MEU BLOG!
http://arcoirisdabeleza.blogspot.com/

Super beijos :*

Glenda Estrela disse...

Pelo resumo acho que vou ler ;)
passa lá?
http://babadose-vaidades.blogspot.com/

Tiane Silva disse...

Pra mim, a cena da coruja tocando guitarra é cena do ano!
Fiquei voltando varias vezes, rindo alto pq achei aquilo demais!
O filme É demais!

http://www.perolaemmim.com

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